Sexta-feira, jantamos hambúrguer e a noite à dois acabou às nove e trinta e pouco. Ele foi dormir e eu acabei continuando na sala para assistir alguma coisa. Fiquei entre 90 Dias Para Casar e qualquer outra programação. Optei por qualquer outra programação. Netflix. Comédia. Como seria se…? Passei o filme todo refletindo sobre o que ele e eu sempre nos pegamos a pensar: será que nos conheceríamos se eu nunca tivesse ido na casa daquele meu amigo pegar o carregador de bateria emprestado?

Aquele carregador nunca funcionou. Pelo menos, não foi o suficiente para carregar a bateria da minha câmera fotográfica que teria levado àquele convenção nerd do final do ao de 2015. Mas se pensar bem, ir ao encontro do carregador me fez comentar sobre a ida ao tal evento. O que me rendeu um convite para participar de um podcast e acabar me tornando participante fixa. Yay!

Esse grupo fez amizade com outro grupo. Éramos #TeamIronMan. Eles eram #TeamCapitãoAmérica. Ou seria o contrário? Não me lembro. Na época não era tão chegada em super-heróis. Só fiz as publicações nas redes sociais mesmo.

Aquele carregador que jamais funcionou e, por sinal, ainda quebrou na minha mão, foi uma bifurcação na minha vida. E, ainda que ele pudesse não funcionar, eu aceitei carregá-lo comigo. Não sei onde ele tá, mas ele foi apenas a maçaneta de uma porta que eu abri e não me vejo fazendo o caminho de volta.

Assistir ao Como seria se…? foi uma experiência muito gostosa. Sabe aquele filme que estrutura o que você costuma pensar sobre determinadas coisas? Se você está super afim de assistir a este filme, porque acredita que ele seja mega filosófico. Não. Ele não é. É uma comédia romântica que combina muito com esse clima frio. Mas se você tem esses papos com aquela pessoa especial, vale a pena.

Sempre nos perguntamos se nos encontraríamos, ainda que eu não tivesse ido buscar o carregador naquele início de dezembro de dois mil e quinze. Passamos longos minutos criando uma história paralela imaginando um passado diferente, no qual também faria com que nós nos encontrássemos. É engraçado querermos nos encontrar, mesmo que estejamos juntos. Mas é que a vida com ele é tão boa que eu fico pensado que todos os meus eus deveriam viver isso.

Talvez um outro eu tenha aceitado o carregador de bateria aos 16 anos. Outro pode só aceitar o carregador de bateria daqui uns meses. Se carregadores de bateria existirem em 2050, talvez meu outro eu poderá aceitar também. Eu aceitei o carregador de bateria aos 27. A idade do rock’n’roll. Sério, esse filme me fez apaixonar novamente pela melhor companhia de todos os tempos.

Nesse momento me bateu até aquele arrependimentozinho de ter assistido sozinha, porque seria lindo terminar o filme e conversar sobre isso. Mas certamente, não viria aqui e o blog teria mais um dia sem nenhuma atualização desde… Não sei quando.

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